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domingo, 28 de agosto de 2011

LIGADO NA TELINHA



O lixo Big Brother. Bispo da Igreja se manifesta sobre programa.



Por Dom Henrique Soares, Bispo Auxilias da Arquidiocese de Aracajú-SE
A situação é extremamente preocupante: no Brasil, há uma televisão de altíssimo nível técnico e baixíssimo nível de programação. Sem nenhum controle ético por parte da sociedade, os chamados canais abertos (aqueles que se podem assistir gratuitamente) fazem a cabeça dos brasileiros e, com precisão satânica, vão destruindo tudo que encontram pela frente: a sacralidade da família, a fidelidade conjugal, o respeito e veneração dos filhos para com os pais, o sentido de tradição (isto é, saber valorizar e acolher os valores e as experiências das gerações passadas), as virtudes, a castidade, a indissolubilidade do matrimônio, o respeito pela religião, o temor amoroso para com Deus.
Na telinha, tudo é permitido, tudo é bonitinho, tudo é novidade, tudo é relativo! Na telinha, a vida é pra gente bonita, sarada, corpo legal… A vida é sucesso, é romance com final feliz, é amor livre, aberto desimpedido, é vida que cada um faz e constrói como bem quer e entende! Na telinha tem a Xuxa, a Xuxinha, inocente, com rostinho de anjo, que ensina às jovens o amor liberado e o sexo sem amor, somente pra fabricar um filho… Na telinha tem o Gugu, que aprendeu com a Xuxa e também fabricou um bebê… Na telinha tem os debates frívolos do Fantástico, show da vida ilusória… Na telinha tem ainda as novelas que ensinam a trair, a mentir, a explorar e a desvalorizar a família… Na telinha tem o show de baixaria do Ratinho e do programa vespertino da Bandeirantes, o cinismo cafona da Hebe, a ilusão da Fama… Enquanto na realidade que ela, a satânica telinha ajuda a criar, temos adolescentes grávidas deixando os pais loucos e a o futuro comprometido, jovens com uma visão fútil e superficial da vida, a violência urbana, em grande parte fruto da demolição das famílias e da ausência de Deus na vida das pessoas, os entorpecentes, um culto ridículo do corpo, a pobreza e a injustiça social… E a telinha destruindo valores e criando ilusão…
E quando se questiona a qualidade da programação e se pede alguma forma de controle sobre os meios de comunicação, as respostas são prontinhas: (1) assiste quem quer e quem gosta, (2) a programação é espelho da vida real, (3) controlar e informação é antidemocrático e ditatorial… Assim, com tais desculpas esfarrapadas, a bênção covarde e omissa de nossos dirigentes dos três poderes e a omissão medrosa das várias organizações da sociedade civil – incluindo a Igreja, infelizmente – vai a televisão envenenando, destruindo, invertendo valores, fazendo da futilidade e do paganismo a marca registrada da comunicação brasileira…
Um triste e último exemplo de tudo isso é o atual programa da Globo, o Big Brother (e também aquela outra porcaria, do SBT, chamada Casa dos Artistas…). Observe-se como o Pedro Bial, apresentador global, chama os personagens do programa: “Meus heróis! Meus guerreiros!” – Pobre Brasil! Que tipo de heróis, que guerreiros! E, no entanto, são essas pessoas absolutamente medíocres e vulgares que são indicadas como modelos para os nossos jovens!
Como o programa é feito por pessoas reais, como são na vida, é ainda mais triste e preocupante, porque se pode ver o nível humano tão baixo a que chegamos! Uma semana de convivência e a orgia corria solta… Os palavrões são abundantes, o prato nosso de cada dia… A grande preocupação de todos – assunto de debates, colóquios e até crises – é a forma física e, pra completar a chanchada, esse pessoal, tranqüilamente dá-se as mãos para invocar Jesus… Um jesusinho bem tolinho, invertebrado e inofensivo, que não exige nada, não tem nenhuma influência no comportamento público e privado das pessoas… Um jesusinho de encomenda, a gosto do freguês… que não tem nada a ver com o Jesus vivo e verdadeiro do Evangelho, que é todo carinho, misericórdia e compaixão, mas odeia o fingimento, a hipocrisia, a vulgaridade e a falta de compromisso com ele na vida e exige de nós conversão contínua! Um jesusinho tão bonzinho quanto falsificado… Quanta gente deve ter ficado emocionada com os “heróis” do Pedro Bial cantando “Jesus Cristo, eu estou aqui!”
Até quando a televisão vai assim? Até quando os brasileiros ficaremos calados? Pior ainda: até quando os pais deixarão correr solta a programação televisiva em suas casas sem conversarem sobre o problema com seus filhos e sem exercerem uma sábia e equilibrada censura? Isso mesmo: censura! Os pais devem ter a responsabilidade de saber a que programas de TV seus filhos assistem, que sites da internet seus filhos visitam e, assim, orientar, conversar, analisar com eles o conteúdo de toda essa parafernália de comunicação e, se preciso, censurar este ou aquele programa. Censura com amor, censura com explicação dos motivos, não é mal; é bem! Ninguém é feliz na vida fazendo tudo que quer, ninguém amadurece se não conhece limites; ninguém é verdadeiramente humano se não edifica a vida sobre valores sólidos… E ninguém terá valores sólidos se não aprende desde cedo a escolher, selecionar, buscar o que é belo e bom, evitando o que polui o coração, mancha a consciência e deturpa a razão!
Aqui não se trata de ser moralista, mas de chamar atenção para uma realidade muito grave que tem provocado danos seríssimos na sociedade. Quem dera que de um modo ou de outro, estas linha de editorial servissem para fazer pensar e discutir e modificar o comportamento e as atitudes de algumas pessoas diante dos meios de comunicação.




quarta-feira, 3 de agosto de 2011

MOSTEIRO DE SÃO BENTO DE FORTALEZA



Dom Abade Beda,OSB (Abade emérito do Mosteiro de Olinda e
atual Prior do Mosteiro de São Bento de Fortaleza)



Dom Lucas, OSB ( Prior administrativo do Mosteiro de São Bento de Fortaleza)


Igreja de Nossa Senhora de Guadalupe - Mosteiro de São Bento de Fortaleza
INFORMATIVO AOS FUTUROS MONGES Àqueles que se sentirem chamados a viver a Vida Monástica em nosso mosteiro deve entrar em contato conosco através do telefone: (0xx85) 3276-2018, ou via correspondência, nosso Mosteiro fica localizado à rua Cel. Luís Fidélis, 939 - São Bento / Messejana, CEP: 60.872.420 - Fortaleza - CE. Vivemos a vida monástica cenobítica, ou seja em comunidade, com momentos específicos de oração pessoal (lectio divina) e de oração comunitária (coral). Trabalhamos no sítio e cuidamos da manutenção da casa. Além de estudarmos a nível acadêmico por conta dos estudos determinados pelo código de direito canônico para formação de padres. Há também uma formação específica para os monges que identificam sua vida monacal de outra maneira, sem necessariamente ser padre. Nos mosteiros os monges podem optar por ser monge e sacerdote ou atuar como monge em uma outra área. Uma característica particular nossa é a de vivermos segundo a Regra de São Bento e tendo como mestre espiritual um abade. Nós do Mosteiro de São Bento de Fortaleza, na pessoa de Dom Abade Beda Pereira de Holanda, nosso superior, estamos acolhendo para formação monástica, candidatos que tenham concluído o Ensino Médio e seja maior de 18 anos. Basicamente o candidato passará por uma formação inicial de conhecimento do nosso mosteiro. Isto nos três primeiros meses de experiência. E observaremos se o candidato busca realmente a Deus. Passados os três meses o candidato recebe a veste coral e passa a ser postulante por um período de 06 meses. A próxima etapa é o noviciado, nesta fase da formação monástica que dura 02 anos, o noviço passa o 1º ano do noviciado na Arquiabadia de São Salvador na Bahia, já no 2º ano ele inicia seus estudos acadêmicos na área de filosofia e telogia, vale salientar que este tipo de formação é exigida pela igreja para formação de presbíteros. Uma vez concluído o noviciado, o candidato é submetido a uma valiação da comunidade para poder professar os primeiros votos monásticos. O professo deve prometer por três anos: estabilidade, conversão dos costumes e obediência. Passados três anos de profissão, o formando pode finalmente professar os votos solenes. Se fizermos uma contabilidade do tempo estimado para se chegar a formação solene, teremos 05 anos de formação para formar um monge solenemente, e uma vez solene a formação contínua age de maneira a ajudar o formando numa maior entrega ao seu chamado. Pax!

Por D. Bernardo Maia